Estive sem cá vir muitos dias, pois nem sabia o que devia escrever.
Como podem imaginar é com muita dor, que todos nós, madeirenses, estamos a viver estes últimos dias.
Eu tive a minha filha R...na rua (ía para a explicação) com água pelos joelhos....estive 4 horas em agonia por saber que o meu marido estava retido na Fundoa. Ouvia o presidente da Câmara no rádio a dizer que íam lá chegar os Bombeiros. E isso felizmente aconteceu...mas chegou a casa destroçado com o que viu.
Graças a Deus na minha família não existem vitimas...e sinceramente esse é o que de melhor nos aconteceu.
Os nossos negócios ficaram com prejuízos enormes: o Café do Teatro está muito danificado, os cafés do Dolce Vitae, ...nem sei deles. Tivémos hoje uma reunião, onde nos informaram que a Protecção Civil só nos deixa lá entrar na Sexta ou no Sábado. Os stocks destes pontos estão todos perdidos.
Na Fundoa, onde o meu marido trabalha...é só destruição! Milhões de prejuízo.
Mas neste momento quero dizer que o que me interessa é que estamos vivos, vivendo esta tragédia com um nó no coração.
Hoje pedi o apoio das minhas filhas que fizeram uma escolha nas suas coisas e fui ao Quartel RG3entregar 5 sacos de roupas e sapatos. O ambiente que lá encontrei foi emocionante. Muita gente a entregar coisas e mais de 100 militares a receber-nos e agradecer tudo o que pudéssemos levar.
Parece que precisam de comida: amanhã vou lá voltar.
Peço a todos os que podem: AJUDEM, POR FAVOR!!!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Que sofrimento!
É verdade!
Que sofrimento...até quando é que isto vai durar?
Estive 15 dias em casa tomando conta da minha mãe e nos últimos dias constatava que ela em vez de melhorar, estava cada vez mais apagada, triste, pouco falava, pouco colaboradora, recusando as caminhadas e sempre se queixando de dores nas costas.
Na Quinta-feira fui buscar as análises e reparei que a Velocidade de sedimentação estava alta e os glóbulos brancos também, o que indicava que tinha infecção. Fiz fotocópias e mandei para o Hospital e para o Cardiologista. RESPOSTA de ambos: normal para quem foi operada hà 1 mês. Nesse dia ela recusou o jantar e eu forçei (porque tinha que tomar os comprimidos) a que ela comesse o puré de cenoura e abóbora. Começou a vomitar e ficou durante toda a noite com uma respiração ofegante. Mal dormi ao lado dela. Levantou-se 3 vezes (sempre com os intestinos a funcionar).
Bem, lá fui trabalhar, mas com o coração nas mãos (o atestado acabava nesse dia). Emtreguei-a aos cuidados da minha empregada, que me telefonou a meio da manhã a dizer que ela não parava de ir à casa de banho.
Quando cheguei a casa fui encontrá-la na cama (pouco usual) e queixou-se de uma dorzinha no lado direito. Fui ver-lhe a barriga e fiquei arregalada: à volta do umbigo, tudo vermelho, duro, inchado, muito quente e saliente. Pensei logo: isto é mesmo uma infecção.
Chamei os meus irmãs e fomos para o Hospital. Fez Raio-X, fez análises ( a V. S. já estava a 180) e foi logo levada para fazer um TAC.
O médico chamou o meu irmão mais velho e disse: "vai ser mesmo aqui nas urgências...mas temos que lhe abrir a barriga já. emos um pequeno bloco aqui. Quer assistir?"
Bem..segundo ela (que só levou anestesias locais) e o meu irmão, o que se passou a seguir foi indescritivel: saía porcaria (pus) por todo o lado, o médico a chamar enfermeiros para ajudarem a limpar e um cheiro nauseabundo.
Está internada, com a barriga aberta, onde colocam todos os dias uma borracha, para a carne não unir, levando doses cavalares de antibióticos. Duas vezes por dia mudam o penso e tentam tirar a porcaria, mas ainda está longe de estar controlada.
Está tão triste, mas as dores nas costas desapareceram e já tem uma corzinha nas bochechas. Já tem vontade de ler e falar e anda muito nos corredores do hospital (o que até ajuda a porcaria a sair).
Os médicos dizem que podia ter sido muito grave se aquela infecção entrasse na corrente sanguínia. Julgamos que foi restos da perfuração que ficaram no organismo e que criaram aquela situação.
Uma coisa eu sei: quando ela teve alta, já se queixava das tais dores nas costas e disse isso ao médico. E não foi por falta de cuidados da família que isto aconteceu.
Começo a ficar cansada de tanta passividade por parte do corpo clínico (que durante o fim de semana não passou nenhum médico no andar - deviam estar a festejar o Carnaval). Falei ontem com um médico e disse-lhe que agora só trago a mãe para casa quando ela estiver a 100%, embora me custe tê-la lá.
Que sofrimento, meu Deus!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Saudades.....
De volta à Escola II
Voltei...!!!!
Nem imaginam o barulho que para aqui vai...
Festa de Carnaval, muita música e mascarados!
Nem imaginam o barulho que para aqui vai...
Festa de Carnaval, muita música e mascarados!
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Dores de estomago.
De Domingo para cá ando com dores de estomago. Todos me dizem que é do stress, do cansaço que tenho em mim e começo a acreditar que é verdade.
Alguém conhece um remédio caseiro, para me apaziguar estes afrontamentos estomacais, acompanhados de reflxuxo e falta de vontade de comer? Aguardo sugestões.
Alguém conhece um remédio caseiro, para me apaziguar estes afrontamentos estomacais, acompanhados de reflxuxo e falta de vontade de comer? Aguardo sugestões.
Voltar à escola no dia da Festa de Carnaval?!?
Pois termino o atestado médido de apoio à minha mãe na Quinta feira...e Sexta regresso ao trabalho. Mas alguém merece voltar logo no dia da Festa de Carnaval, que é o dia mais barulhento, confuso e bagunceiro do ano? Vai ser lindo....depois destes dias de silêncio em casa.
Rotina ...estou quase de volta.
Rotina ...estou quase de volta.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
1ª Batalha ganha! Ufa!
Depois de 2 dias cheios de momentos pesados: choros, desanimos, teimosia, etc., resolvi reunir o clã (os 3 filhos) e levá-la ao médico. Mal entrou no consultório desatou a chorar. E confirmou-se o que eu já previa: uma depressão pós-operatória, acompanhada de uma anemia e muita taquicardia. Veio de lá medicada com uma série de pastilhada (entre eles um indutor de sono). Os meus irmãos obrigaram-na a vir a pé até ao estacionamento: foi o fim do mundo. Como diz o meu irmão só faltava ela pedir um medicamento para "raiva contra os filhos". Esta noite dormiu e hoje fomos fazer análises.
Depois do almoço queria ir dormir. Disse-lhe que só podia fazê-lo, depois de ir dar um passeio comigo na rua. Foi contrariada, mas fê-lo bem e logo, antes do jantar, vai outra vez. Não é fácil, mas considero que já ganhei esta batalha!!
Passemos à seguinte.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
A mãe em casa
Pois já cá está. Depois de tantos dias internada, veio para a "unidade de cuidados continuados da filha". O que é muito bom.
Não está a ser fácil. Eu estou de Atestado Médico, e além de ter a família toda para cuidar tenho que me dedicar a ela a 100%. Está muito fragilizada, muito dependente, um pouco deprimida.
Aos poucos estou a tentar libertá-la da dependência que depositou em mim: só dorme comigo (coitado do meu marido), sou eu que lhe dou banho e a visto, etc.
Ontem fomos a 2 médicos para vermos como estava a reagir o corte da operação e a asma. Está a correr bem, nesse aspecto. Todos me dizem que tenho que ter paciência, que é normal ela estar assim...Amanhã vai ao cardiologista, vamos ver o que ele diz.
Faço tudo com dedicação e carinho, mas sei que tenho que espicaçá-la, para ela não cair na cama e voltar a fazer a vida dela, mas é uma luta. Digo-lhe sempre que estou aqui para ajudá-la, mas ela tem que ser a primeira pessoa a ajudar, se ela não colaborar não serve de nada o meu esforço.Todos dizem que a seguir vou precisar fazer um retiro para algum SPA maravilhoso onde tratem de mim.
Sinto que as minhas filhas andam um pouco carentes (e até o marido) e já não sei para que lado me vire. Um dia destes dei comigo lavada em lágrimas e com vontade de fugir...sei que não devo, mas foi superior a tudo. Mas já levantei o astral e estou novamente pronta para ir à luta.
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