De volta...uma passagem rápida.

Arranjei uns minutos para vir até aqui dar notícias. A mãe continua hospitalizada e ...não tem sido fácil. Parece que as 24 horas do dia não chegam para nada.

A recuperação está a ser muito lenta e dolorosa: além dos problemas iniciais, teve líquido no pulmão direito, depois, quando começou a alimentar-se, teve diarreias terríveis (10 vezes por dia), dorme muito mal, bebe pouca água (tem sido uma luta entre mim e ela), continua a não querer andar (ou andar pouco), a tensão arterial estava descontrolada (15-4,7), as veias das mãos e braços estavam constantemente a rebentar. Por tudo isto era dificil fazer com que ela andasse.

Hoje tiraram a algálea, mas teimava que não queria que lhe tirassem a fralda. Mas sempre conseguimos. Também hoje fiquei sabendo que levou 43 pontos na barriga, por isso decidi que tenho que ir com calma, pois deve estar a custar muito.

E quando penso, que tudo isto foi provocado pelo exame que lhe fizeram, fica-me uma "raivinha", pois a minha mãe, apesar dos seus 73 anos, era muito autónoma (vivia sozinha, conduzia, ía às suas aulas de Hidroginástica, ía ao café todas as Sextas-feiras, ajudava ainda alguns dos netos nos TPC's, fazia almoço para o filho mais novo, todos os dias), e agora... só espero conseguir ajudá-la a recuperar forças para voltar a fazer as coisas que ela gosta (por exemplo: fazer cruzeiros).

Não tem sido por falta de ajuda, pois os três filhos (eu e os meus dois irmãos) não saímos do pé dela e tentamos recuperar o ânimo (que está muito em baixo), eu venho a casa fazer comida (de dieta) para ela não comer a do Hospital, o filho mais velho é que está sempre com ela (dá-lhe banho, troca-lhe fraldas), o mais novo quando chega ao hospital dá-lhe massagens nas pernas e nas costas...enfim somos uma equipa multifacetada. Vamos conseguir!!!!!

Os dias entre o Hospital, a escola e a casa...

Estes últimos dias têem sido passados numa correria. Não meti atestado médico, por isso continuo a ir todos os dias trabalhar. Vou deixar para quando a mãe tiver alta e vier para minha casa.

As últimas 48 horas não foram muito animadoras: ontem acabaram por medicá-la com os remédios do coração e reforçaram a medicação da asma.

Hoje os níveis de infecção começaram a baixar (à tarde), mas antes fizeram um TAC para tirar dúvidas. Dizem para não me preocupar, que está tudo controlado. A insuficiência cardíaca detectada ontem, melhorou muito, mas os níveis de proteinas no sangue estavam muito baixos e por isso deram uma injecção de Albuminia. Fiquei sabendo que é uma proteína de alto valor biológico, muitas vezes usada em problemas de intestinos e fígado. O que é certo é que achei que a mãe estava um pouco melhor quando cheguei ao hospital. Contudo, continua muito desanimada e teimosa. Não quer andar: eu sei que deve ser incómodo fazê-lo com os saquinhos dependurados, mais o "candeeiro" de rodinhas do soro e acompanhantes (saquinhos dos outros medicamentos), mas ela tem os pés inchados e fazia bem começar a andar.

Bem, são as últimas. Espero poder voltar com notícias bem melhores brevemente.

Beijinhos a todos os que deixaram mensagens de coragem. Bem hajam!

No que pode acabar um exame médico.

Ando mesmo muito triste e por isso já cá não venho tão regularmente.

Esta semana não está a ser particularmente fácil, para mim.

Partiram os amigos e tinhamos programado, no dia seguinte, um exame ao colón da minha mãe. Ela andava queixosa, esteve no hospital a 30 de Dezembro com dores abdominais, fez 2 TAC's na Quarta e Quinta da semana passada e falaram que tinha divertículos (deve ser da alimentação moderna, pois ultimamente esta palavra está na boca de toda a gente...quando falo, quase todos têm ou os familiares tb têm). O médico aconselhou o tal exame e ela foi fazê-lo, acompanhada pelo meu irmão mais velho. Eu pensei em ir, mas quando telefonei ela pediu-me que viesse fazer-lhe um jantar de dieta, pois nesse dia só tinha tomado aquele líquido para limpeza do intestino. Vim para casa preparar tudo, mas como demoravam, resolvi telefonar ao meu irmão. Atendeu-me a chorar, dizendo que ía de urgência para o Hospital com ela, pois durante o exame os intestinos tinham sido perfurados e ela ía ser operada de urgência. Fiquei perplexa! Nem queria acreditar que ele ía com ela no carro, em hora de ponta, cheia de dores, com os intestinos rasgados e que nem uma ambulância tinha sido chamada ( a sorte dele foi um polícia de mota que passou e que ele explicou o que se passava e foi de sirene à frente abrindo caminho até ao hospital).

Esteve quase 16 horas no recobro (eu ainda fui autorizada a lá ir ) e agora está internada, mas está muito em baixo. Não sei bem o que lhe fizeram: só ouvi dizer que lhe tiraram alguns divertículos para análise e que tinha uma parte do intestino torcida, embrulhada com massa gorda.

Hoje teve que ser medicada para que os rins começassem a funcionar, pois não urinava e o médico estava com medo que os rins estivessem mal.

Penso que no meio de todos aqueles canos e tubos lhe estão a administrar algum sedativo, pois está quase sempre a dormitar e não tem muita vontade de falar.

Sei que tenho de ser paciente e esperar que o organismo recupere, mas é muito doloroso vê-la naquela cama assim. Tenho que ter fé que ela vai reagir e ter forças para ajudá-la na recuperação.

Para ti mãe..vão todos os meus pensamentos, toda a esperança e uma vontade enorme de te ter de volta a casa. Gosto muito de ti.

Amizade de 30 anos - CHINA e FÁBIA

Hoje vou falar dos meus "irmãos brasileiros", que estiveram de férias em minha casa e ontem voltaram ao seu país.

Eu conheci este casal quando tinha 16 anos. Ele jogava futebol no Marítimo. Era um GRANDE jogador. Ficamos amigos e descobrimos que tinhamos coisas em comum: o aniversário de casamento deles era no mesmo dia do dos meus pais e o filho deles (na altura com 1 anito) fazia anos no mesmo dia que eu. A minha família "adoptou-os" logo. Para os meus pais eles eram como filhos. Para mim... como irmãos. Nesse ano eles levaram-me a passar 2 meses no Brasil. Fiquei no interior de São Paulo, na cidade de Catanduva. Viajei pelas redondezas dessa cidade, estive em São Bernardo do Campo e depois fui ao Rio de Janeiro.

Eles já voltaram 4 vezes à Madeira (contando com esta). Foi muito bom estar com eles. Visitamos a ilha...para mostrarmos o quanto a Madeira mudou nestes 30 anos, fomos às instalações do C.S. Marítimo, ele conseguiu encontrar com muitos dos colegas que jogaram com ele hà 30 anos atrás, fomos aos Barreiros assistir ao Marítimo-Guimarães (bem... o resultado não foi muito bom) e foi com emoção que vi que os sócios do Marítimo ainda não o esqueçeram: recebeu uma estrondosa salva de palmas quando foi anunciada a sua presença na tribuna.

E..... o que é bom acaba depressa. Estas duas semanas voaram.

Foi com muita saudade que os vi regressar ao Brasil. Foram dias muito bem passados e até as minhas filhas já achavam que a "Tia Fábia e o tio China não deviam ir embora".

Espero que eles voltam em breve, pois ficou um vazio em nossos corações.

Passeando pela ilha - O FANAL

É bom ter visitas em casa...sempre damos umas voltas pela ilha e visitamos alguns locais que já não vemos hà algum tempo.

Fomos ao Fanal ...lugar lindo no Paúl da Serra. Com tanta chuva a lagoa estava cheia e tudo muito verde.

Pena que muita gente que vem à Madeira não visite estes sítios onde a Natureza ainda está preservada.

Apesar do vento (muito) foi um passeio muito agradável.

Gripe A

Já está!!!!!!!!!

Com tanta notícia má sobre o nº de pessoas internadas em coma (e ventiladas), e sobre os perigos inerentes à não vacinação, resolvi ir com as filhas levar a vacina.

Elas estão dentro do grupo que faz a vacinação sem pré-requisitos e eu fui com declaração médica. Fomos ontem (sábado), logo às 9 horas.

A vacina leva-se bem, mas o braço fica muito dorido. No final do dia todas tinhamos sintomas: eu e a R... dores de cabeça e dores no corpo, a B... diarreia. Paracetamol para todas e melhoramos.

Foram a uma festa, com jantar e depois a R... ía para a discoteca. Não conseguiram. Vieram cedo para casa, com síntomas gripais.

Hoje já estamos melhores...mas ainda meias queixosas. Espero que isto resulte e que agora estejamos protegidas.

Passagem de ano....

Isto de ver as filhas crescer tão depressa, dá uma sensação estranha....!
Vendo as duas assim juntas, prontas para ir para o baile de passagem de ano, ninguém diria que uma tem 17 e a outra 14 anos (o que não faz uma boa maquilhagem!!!!!)
Mas são como a mãe, que sempre gostou muito de festejar o final do ano e começar o ano novo cheia de animação.

De volta à Escola

Pois... o que é bom acaba depressa e cá estamos de volta a rotina.

Ontem encontrei pela primeira vez os filhos da Rosa (a mãe que faleceu no parto) e não foi nada fácil. O marido pediu-me que tivesse um pouco de atenção às atitudes dos miúdos, pois ainda estava tudo muito recente (como é óbvio toda a gente aqui na escola se disponibilizou para ajudar).

Hoje de manhã trouxe-me o bébé Salvador....pediu se eu tomava conta dele, enquanto ele ía às salas falar com as professoras. Fiquei olhando para ele, tão pequenino, bonitinho, e pensei na Rosa. Como ela devia ter gostado de ver este menino. Tenho pensado muito nela e rezo para que esteja em paz.

Passeando pela ilha....

Nestes dias o Funchal enche de turistas e a animação nas ruas é muita. Dei uma volta pela cidade, fui ver o presépio que o meu amigo "bloguista" Nélio fez na Sé. Aproveito para lhe dar os parabéns: estava lindo.


No 1º dia do ano fui passear pela ilha, pois tenho amigos brasileiros passando férias cá em casa. O tempo estava fantástico: sol, calorzinho.

Fomos ao Caniçal!

Depois fui até Santana e subimos até às Queimadas: Estava muito frio e o piso muito escorregadio, mas os meus amigos ficaram encantados com a beleza do lugar.