segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dias tristes e de luto...que se vivem nesta terra linda!

Estive sem cá vir muitos dias, pois nem sabia o que devia escrever.
Como podem imaginar é com muita dor, que todos nós, madeirenses, estamos a viver estes últimos dias.
Eu tive a minha filha R...na rua (ía para a explicação) com água pelos joelhos....estive 4 horas em agonia por saber que o meu marido estava retido na Fundoa. Ouvia o presidente da Câmara no rádio a dizer que íam lá chegar os Bombeiros. E isso felizmente aconteceu...mas chegou a casa destroçado com o que viu.
Graças a Deus na minha família não existem vitimas...e sinceramente esse é o que de melhor nos aconteceu.
Os nossos negócios ficaram com prejuízos enormes: o Café do Teatro está muito danificado, os cafés do Dolce Vitae, ...nem sei deles. Tivémos hoje uma reunião, onde nos informaram que a Protecção Civil só nos deixa lá entrar na Sexta ou no Sábado. Os stocks destes pontos estão todos perdidos.
Na Fundoa, onde o meu marido trabalha...é só destruição! Milhões de prejuízo.
Mas neste momento quero dizer que o que me interessa é que estamos vivos, vivendo esta tragédia com um nó no coração.
Hoje pedi o apoio das minhas filhas que fizeram uma escolha nas suas coisas e fui ao Quartel RG3entregar 5 sacos de roupas e sapatos. O ambiente que lá encontrei foi emocionante. Muita gente a entregar coisas e mais de 100 militares a receber-nos e agradecer tudo o que pudéssemos levar.
Parece que precisam de comida: amanhã vou lá voltar.
Peço a todos os que podem: AJUDEM, POR FAVOR!!!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Que sofrimento!

É verdade!
Que sofrimento...até quando é que isto vai durar?
Estive 15 dias em casa tomando conta da minha mãe e nos últimos dias constatava que ela em vez de melhorar, estava cada vez mais apagada, triste, pouco falava, pouco colaboradora, recusando as caminhadas e sempre se queixando de dores nas costas.
Na Quinta-feira fui buscar as análises e reparei que a Velocidade de sedimentação estava alta e os glóbulos brancos também, o que indicava que tinha infecção. Fiz fotocópias e mandei para o Hospital e para o Cardiologista. RESPOSTA de ambos: normal para quem foi operada hà 1 mês. Nesse dia ela recusou o jantar e eu forçei (porque tinha que tomar os comprimidos) a que ela comesse o puré de cenoura e abóbora. Começou a vomitar e ficou durante toda a noite com uma respiração ofegante. Mal dormi ao lado dela. Levantou-se 3 vezes (sempre com os intestinos a funcionar).
Bem, lá fui trabalhar, mas com o coração nas mãos (o atestado acabava nesse dia). Emtreguei-a aos cuidados da minha empregada, que me telefonou a meio da manhã a dizer que ela não parava de ir à casa de banho.
Quando cheguei a casa fui encontrá-la na cama (pouco usual) e queixou-se de uma dorzinha no lado direito. Fui ver-lhe a barriga e fiquei arregalada: à volta do umbigo, tudo vermelho, duro, inchado, muito quente e saliente. Pensei logo: isto é mesmo uma infecção.
Chamei os meus irmãs e fomos para o Hospital. Fez Raio-X, fez análises ( a V. S. já estava a 180) e foi logo levada para fazer um TAC.
O médico chamou o meu irmão mais velho e disse: "vai ser mesmo aqui nas urgências...mas temos que lhe abrir a barriga já. emos um pequeno bloco aqui. Quer assistir?"
Bem..segundo ela (que só levou anestesias locais) e o meu irmão, o que se passou a seguir foi indescritivel: saía porcaria (pus) por todo o lado, o médico a chamar enfermeiros para ajudarem a limpar e um cheiro nauseabundo.
Está internada, com a barriga aberta, onde colocam todos os dias uma borracha, para a carne não unir, levando doses cavalares de antibióticos. Duas vezes por dia mudam o penso e tentam tirar a porcaria, mas ainda está longe de estar controlada.
Está tão triste, mas as dores nas costas desapareceram e já tem uma corzinha nas bochechas. Já tem vontade de ler e falar e anda muito nos corredores do hospital (o que até ajuda a porcaria a sair).
Os médicos dizem que podia ter sido muito grave se aquela infecção entrasse na corrente sanguínia. Julgamos que foi restos da perfuração que ficaram no organismo e que criaram aquela situação.
Uma coisa eu sei: quando ela teve alta, já se queixava das tais dores nas costas e disse isso ao médico. E não foi por falta de cuidados da família que isto aconteceu.
Começo a ficar cansada de tanta passividade por parte do corpo clínico (que durante o fim de semana não passou nenhum médico no andar - deviam estar a festejar o Carnaval). Falei ontem com um médico e disse-lhe que agora só trago a mãe para casa quando ela estiver a 100%, embora me custe tê-la lá.
Que sofrimento, meu Deus!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Saudades.....

Encontrei na minha gaveta estas fotos dos tempos em que eu e a AvoGi nos divertiamos imenso na escola.
Saudades amiga....já não vêm para aqui colegas como tu.
(E olha que agora bem precisava de um pouco da tua boa disposição).
Estavamos mais gordas, não? Eheheheh

De volta à Escola II

Voltei...!!!!
Nem imaginam o barulho que para aqui vai...
Festa de Carnaval, muita música e mascarados!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dores de estomago.

De Domingo para cá ando com dores de estomago. Todos me dizem que é do stress, do cansaço que tenho em mim e começo a acreditar que é verdade.
Alguém conhece um remédio caseiro, para me apaziguar estes afrontamentos estomacais, acompanhados de reflxuxo e falta de vontade de comer? Aguardo sugestões.

Voltar à escola no dia da Festa de Carnaval?!?

Pois termino o atestado médido de apoio à minha mãe na Quinta feira...e Sexta regresso ao trabalho. Mas alguém merece voltar logo no dia da Festa de Carnaval, que é o dia mais barulhento, confuso e bagunceiro do ano? Vai ser lindo....depois destes dias de silêncio em casa.
Rotina ...estou quase de volta.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

1ª Batalha ganha! Ufa!

Depois de 2 dias cheios de momentos pesados: choros, desanimos, teimosia, etc., resolvi reunir o clã (os 3 filhos) e levá-la ao médico. Mal entrou no consultório desatou a chorar. E confirmou-se o que eu já previa: uma depressão pós-operatória, acompanhada de uma anemia e muita taquicardia. Veio de lá medicada com uma série de pastilhada (entre eles um indutor de sono). Os meus irmãos obrigaram-na a vir a pé até ao estacionamento: foi o fim do mundo. Como diz o meu irmão só faltava ela pedir um medicamento para "raiva contra os filhos". Esta noite dormiu e hoje fomos fazer análises.
Depois do almoço queria ir dormir. Disse-lhe que só podia fazê-lo, depois de ir dar um passeio comigo na rua. Foi contrariada, mas fê-lo bem e logo, antes do jantar, vai outra vez. Não é fácil, mas considero que já ganhei esta batalha!!
Passemos à seguinte.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A mãe em casa

Pois já cá está. Depois de tantos dias internada, veio para a "unidade de cuidados continuados da filha". O que é muito bom.
Não está a ser fácil. Eu estou de Atestado Médico, e além de ter a família toda para cuidar tenho que me dedicar a ela a 100%. Está muito fragilizada, muito dependente, um pouco deprimida.
Aos poucos estou a tentar libertá-la da dependência que depositou em mim: só dorme comigo (coitado do meu marido), sou eu que lhe dou banho e a visto, etc.
Ontem fomos a 2 médicos para vermos como estava a reagir o corte da operação e a asma. Está a correr bem, nesse aspecto. Todos me dizem que tenho que ter paciência, que é normal ela estar assim...Amanhã vai ao cardiologista, vamos ver o que ele diz.
Faço tudo com dedicação e carinho, mas sei que tenho que espicaçá-la, para ela não cair na cama e voltar a fazer a vida dela, mas é uma luta. Digo-lhe sempre que estou aqui para ajudá-la, mas ela tem que ser a primeira pessoa a ajudar, se ela não colaborar não serve de nada o meu esforço.Todos dizem que a seguir vou precisar fazer um retiro para algum SPA maravilhoso onde tratem de mim.
Sinto que as minhas filhas andam um pouco carentes (e até o marido) e já não sei para que lado me vire. Um dia destes dei comigo lavada em lágrimas e com vontade de fugir...sei que não devo, mas foi superior a tudo. Mas já levantei o astral e estou novamente pronta para ir à luta.